Um Post que se impõe
Após estes dias de “blog no ar”, faço uma pequena reflexão na temática da criação dos blogs mas com um interesse para todos os quantos o consultem. Perdoem-me esta "intrusão" no tema que se destina este Blog.
Afinal, o que é um blog? O blog – ou web log - é um diário publicado na Internet. É uma lista de entradas organizada por ordem cronológica, com a entrada mais recente geralmente no topo. Dizer que é um diário não implica necessariamente que contenha um relato da vida privada de quem o escreve. É um pouco mais como o diário de bordo do capitão de um navio, que descreve todos os dias as aventuras e desventuras da navegação.
O blog é o diário de bordo de quem navega na Internet. Foi assim que começou, pelo menos, há apenas meia dúzia de anos.
Qualquer pessoa pode ter um blog na Internet. Qualquer um pode escrever notícias no seu blog. Viremos a ter uma população inteira de jornalistas? Estaremos perante uma nova forma de jornalismo?
Os blogs publicam notícias e através dele começa a ser possível saber o que não tinha sido noticiado nos jornais, ou sabê-lo antes do jornal sair, com um nível de profundidade impossível na rádio.
Agora atentem neste exemplo e vejam a força destes meios virtuais de comunicação, nos Estados Unidos, um sindicato decide organizar uma greve. Dez minutos depois de o comentário ser publicado no blog, às três da manhã em Londres, um grupo de discussão on-line que incluía intervenientes portugueses, americanos e franceses elaborava cenários de evolução da situação e planeava soluções. Duas horas depois, a greve é cancelada. Mais algumas horas passam antes de os jornais publicarem a notícia. A televisão, só à noite, se nessa altura ainda houver algo que valha a pena ser contado.
Através do blog, vislumbramos uma revolução dos media. Um jornalismo descentralizado, flexível, imediato, isento de pressões políticas e económicas, uma voz para cada cidadão num espaço público global, em toda a plenitude democrática que só as novas tecnologias podem oferecer.
A liberdade de expressão é um dos pontos centrais da democracia, mas a liberdade completa de expressão individual levaria à anarquia, não à democracia. Escrever sob pseudónimo é uma garantia de liberdade total, mas poderá haver jornalismo sem que o escritor tome responsabilidade pelo que é dito? A alternativa é confiar nos homens, em vez de confiar nas leis. Só a responsabilização, associada à possibilidade de punição legal, torna possível a democracia, e a liberdade do indivíduo num contexto social (a liberdade individual tem que estar limitada pelo respeito dos direitos dos outros).
O futuro do blog não é tão negro assim. O autor de um blog pode obter autoridade através da referência a fontes, que se forem links poderão ser verificadas imediatamente. Alguns destes links poderão ser fontes absolutamente fidedignas. Quem assina o blog pode usar a sua verdadeira identidade (embora isto só seja relevante se houver uma forma fácil de a comprovar).
Os blogs podem ser a única via para algumas verdades, se puderem evitar ser compilações de rumores. Embora eu prefira confiar em leis do que nos homens, um homem ou grupo de homens poderão provar que merecem essa confiança, mesmo sem leis que os limitem e controlem. Seja como for, o blog já encontrou a sua função, mesmo que se limitasse a ser uma fonte de rumores.
Usemos este blog, para informação credível e para criar uma imagem diferente dos demais. Que seja um ponto de partilhar ideias que ajude a construir a ideia viva "Canas a Concelho"
Afinal, o que é um blog? O blog – ou web log - é um diário publicado na Internet. É uma lista de entradas organizada por ordem cronológica, com a entrada mais recente geralmente no topo. Dizer que é um diário não implica necessariamente que contenha um relato da vida privada de quem o escreve. É um pouco mais como o diário de bordo do capitão de um navio, que descreve todos os dias as aventuras e desventuras da navegação.
O blog é o diário de bordo de quem navega na Internet. Foi assim que começou, pelo menos, há apenas meia dúzia de anos.
Qualquer pessoa pode ter um blog na Internet. Qualquer um pode escrever notícias no seu blog. Viremos a ter uma população inteira de jornalistas? Estaremos perante uma nova forma de jornalismo?
Os blogs publicam notícias e através dele começa a ser possível saber o que não tinha sido noticiado nos jornais, ou sabê-lo antes do jornal sair, com um nível de profundidade impossível na rádio.
Agora atentem neste exemplo e vejam a força destes meios virtuais de comunicação, nos Estados Unidos, um sindicato decide organizar uma greve. Dez minutos depois de o comentário ser publicado no blog, às três da manhã em Londres, um grupo de discussão on-line que incluía intervenientes portugueses, americanos e franceses elaborava cenários de evolução da situação e planeava soluções. Duas horas depois, a greve é cancelada. Mais algumas horas passam antes de os jornais publicarem a notícia. A televisão, só à noite, se nessa altura ainda houver algo que valha a pena ser contado.
Através do blog, vislumbramos uma revolução dos media. Um jornalismo descentralizado, flexível, imediato, isento de pressões políticas e económicas, uma voz para cada cidadão num espaço público global, em toda a plenitude democrática que só as novas tecnologias podem oferecer.
A liberdade de expressão é um dos pontos centrais da democracia, mas a liberdade completa de expressão individual levaria à anarquia, não à democracia. Escrever sob pseudónimo é uma garantia de liberdade total, mas poderá haver jornalismo sem que o escritor tome responsabilidade pelo que é dito? A alternativa é confiar nos homens, em vez de confiar nas leis. Só a responsabilização, associada à possibilidade de punição legal, torna possível a democracia, e a liberdade do indivíduo num contexto social (a liberdade individual tem que estar limitada pelo respeito dos direitos dos outros).
O futuro do blog não é tão negro assim. O autor de um blog pode obter autoridade através da referência a fontes, que se forem links poderão ser verificadas imediatamente. Alguns destes links poderão ser fontes absolutamente fidedignas. Quem assina o blog pode usar a sua verdadeira identidade (embora isto só seja relevante se houver uma forma fácil de a comprovar).
Os blogs podem ser a única via para algumas verdades, se puderem evitar ser compilações de rumores. Embora eu prefira confiar em leis do que nos homens, um homem ou grupo de homens poderão provar que merecem essa confiança, mesmo sem leis que os limitem e controlem. Seja como for, o blog já encontrou a sua função, mesmo que se limitasse a ser uma fonte de rumores.
Usemos este blog, para informação credível e para criar uma imagem diferente dos demais. Que seja um ponto de partilhar ideias que ajude a construir a ideia viva "Canas a Concelho"
4 Comments:
Cheira-me a censura:)
Até já colocaram a tão contestada verificação de palavras!
Beijinhos
Má Lingua
@má lingua...
Entende-se porque se colocou as palavras, não?
@Primadona
Você anda a tirar o curso do Sr. Fulano Tal?... :D
Se sim ainda bem!
@cingab
Qualquer coincidência será pura ficção
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